terça-feira, 20 de dezembro de 2011

CARTA ABERTA DO DEP. FEDERAL PUTY AOS MOVIMENTOS SINDICAIS

Crescer a luta contra a privataria tucana no Pará

Companheiras e companheiros militantes das Centrais Sindicais,

O governo Jatene demonstra, em seu projeto de parcerias público-privadas o seu verdadeiro caráter: privatizante, precarizador e excludente. E atingindo todas as áreas do serviço público, desde saúde, segurança, educação, saneamento, ciência e tecnologia, transporte e áreas de interesse social e econômico.

Após um ano de governo, o saldo da gestão tucana sinaliza que nos próximos três anos a classe trabalhadora paraense terá que fortalecer sua organização e mobilização para evitar que conquistas de muitos anos sejam destruídas.

Voltou a crescer a violência contra os trabalhadores rurais, particularmente extrativistas e em áreas ricas em recursos madeireiros.

Voltamos a enfrentar o risco concreto de termos um processo de privatização generalizada dos serviços públicos essenciais com graves consequências para as relações de trabalho e para a qualidade do serviço prestado à população, com o aumento das tarifas para os mais pobres.

Generalização do modelo de Organizações Sociais na saúde e educação, desmonte da Cosanpa, privatização dos serviços de segurança e fragilização do Banpará são as consequências diretas da aprovação do projeto de PPPs dos tucanos.

As iniciativas do atual governo são a cópia de um modelo que vem se reproduzindo em todos os estados onde o PSDB governa. Em Minas, em São Paulo e no Paraná vimos a mesma novela, com a substituição de concursados por trabalho terceirizado, aumentos de tarifas públicas e generalização de pedágios abusivos em estradas estaduais.

No Pará governado por Jatene, onde a renda das famílias é muito inferior, a reprodução deste cenário aponta para um aumento do custo de vida de nossas famílias.

Frente a este ataque aos direitos do povo paraense e às conquistas dos servidores públicos, é fundamental que as centrais sindicais assumam a dianteira do processo de articulação de um amplo campo de luta contra os enormes retrocessos que se avizinham. Sem pressão social e disputa da opinião pública, o campo democrático e popular no parlamento não terá força suficiente para impedir a aprovação dos pacotes privatistas de Jatene.

Portanto, companheiras e companheiros, é hora de intensificarmos a mobilização. Tomarmos as ruas do Pará de novo e fortalecer o lado dos que lutam por uma vida melhor para a maioria do povo.

É importante que as centrais sindicais, a Fetagri, o MST, o CNS, os urbanitários, bancários, sindsaúde e os trabalhadores em educação criem urgentemente um fórum em defesa do serviço público que reúna todos aqueles que abracem nossa causa.

Eu, como professor, servidor público e militante do PT, coloco meu mandato inteiramente a serviço desta luta.

Vamos barrar a privataria tucana no Pará, antes que ela liquide com o Estado, o direito da classe trabalhadora e a cidadania da população.

Meu abraço,

Cláudio Puty
Dep. federal PT/PA

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

DICA RURAL DA SEMANA Nº 08 - Nutrição Vegetal : Resíduos orgânicos barateiam adubação

Nutrientes derivados da produção de suínos e aves têm preços que variam entre R$60 e R$90 por tonelada

Por ser eficiente e mais barato, o uso de resíduos e fertilizantes orgânicos no sistema soja-milho safrinha tem sido uma opção para diversos agricultores, responsáveis até mesmo por atrair indústrias de carne para suas regiões. Com preços de comercialização que variam entre R$60 e R$90 por tonelada, os resíduos contêm nutrientes importantes, como fósforo e potássio, essenciais para a boa nutrição das plantas. Segundo Vinicius de Melo Benites, pesquisador da Embrapa Solos, vários resíduos podem ser utilizados no sistema soja-milho safrinha, mas devido ao custo, os mais promissores são os originados da produção de suínos e aves.
— Isso porque, no Brasil, existe certa proximidade entre as áreas que produzem milho e as que produzem suínos e aves. As indústrias de carne se aproximam das áreas produtoras de grãos por uma questão de logística — afirma o pesquisador.

De acordo com ele, é possível pensar na utilização do resíduo in natura ou em produtos gerados a partir dele. No caso do resíduo in natura, a quantidade a ser aplicada depende de análises que devem ser feitas no resíduo e no solo.

— Quando falamos em camas de aviário, por exemplo, falamos em uma média de 2t a 4t. Os resíduos contêm todos os nutrientes da tabela periódica, principalmente os macronutrientes, mas também micronutrientes. No caso da cama de frango, ela é tem grande importância na parte de fósforo e potássio, nutrientes contidos no resíduo que rapidamente entram no sistema. O fósforo, mesmo existente nessa cama, demora um pouco mais para entrar no sistema — conta Benites.

Ele diz que, quando o assunto é dejetos de suínos, o principal componente é o potássio. Portanto, quando o produtor aplica esses dejetos, ele deve considerar o teor de potássio contido para saber qual a quantidade a ser aplicada.

— Para aplicar os resíduos adequadamente, a primeira questão é se certificar sobre a sua origem. Tratando-se de um resíduo de boa qualidade, a primeira preocupação do produtor deve ser a forma de aplicação. No caso da cama de frango, é importante que o produtor tenha o equipamento adequado para a aplicação. Já no caso do dejeto líquido de suínos, o produtor deve ficar atento aos custos de aplicação, que podem exceder o próprio custo do produto — orienta.

A terceira preocupação, como explica o pesquisador, está ligada ao solo. Da mesma forma que o produtor usa fertilizantes, ele deve também fazer um acompanhamento constante da nutrição das plantas. Ele recomenda uma associação dos resíduos com alguma fonte mineral. O mais comum é a associação dos resíduos orgânicos com uma fonte mineral de fósforo para que eles se tornem mais balanceados.

— O grande mérito dessa tecnologia é a redução de custos. Considerando o teor de 3% de nitrogênio, 3% de fósforo e 3% de potássio da cama, seu valor gira em torno de R$150 a R$180 por tonelada, dependendo de cada região. Já a cama, é normalmente comercializada com preços que variam entre R$60 e R$90 por tonelada — afirma.

Ainda segundo Benites, a aplicação é feita normalmente antes do verão. Para ele, essa é uma questão de logística, pois nessa época, o produtor tem seus equipamentos parados, o que gera ociosidade da mão-de-obra.

— No entanto, tecnicamente falando, se o produtor aplicar os resíduos logo após a colheita da cultura de verão e antes do plantio da cultura da safra seguinte, a tecnologia se torna mais interessante. Isso porque a segunda safra é muito mais responsiva a esses resíduos do que a safra de verão — conta ele.

Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Solos através do número (21) 2179-4500.




Publicado em: 06/12/2011

Fone: SENAR/Portal Dia de Campo - Kamila Pitombeira