quinta-feira, 11 de novembro de 2010

UMA VITÓRIA PARA A CATEGORIA DA AGRICULTURA FAMILIAR: JA É REALIDADE NO CEARÁ CARTA SINDICAL PARA OS SINTRAF‏ 'S

No dia 31 de Março de 2010 foi uma data histórica para o movimento da Agricultura Familiar no Brasil e mais especialmente no Estado do Ceará. Às 11 horas da manhã o Secretário Executivo do Ministério do Trabalho e Emprego do Governo Lula(Dr. andré Figeueiredo), representando o Ministro Carlos Lupe, juntamente com o Superintendente Regional do Ministério do Trabalho no Estado do Ceará(Papito de Oliveira) e mais Agricultores Familiares e lideranças e autoridades de diversos locais do Estado do Ceará, fez a entrega das primeiras CARTAS DE REGISTRO SINDICAL de SINTRAFs no Brasil. O evento aconteceu no municipio de Itarema, na sede do Sindicato APEOC/Cut no município. A mesa do Cerimonial foi composta por:

  • Dr. André Figueredo - Secretário Executivo do MTE, representando o Ministro Carlos Lupe do Gov Lula;
  • Sr. Papito de Oliveira - Superientendente do MTE no Estado do Ceará;
  • Bael Peixoto - Conselho Fiscal FETRAF BRASIL CUT;
  • Edmilson Saores - Diretor da Fetraf Ceará;
  • Irades Cordeiro - Apeoc/Cut;
  • Lena - PSB Itarema;
  • Eugenia Sousa - COOPERAHF Ceará;
  • Enio Peixoto - Vereador PDT


Todos de forma emocionada fizeram uso da palavra e destacaram a importancia deste evento para o Ceará e para todo o Brasil. Em especial por serem as primeiras cartas de registro sindical concedidas para SINTRAFs(Sindicatos de Trabalhadores da Agricultura Familiar) em todo o Brasil e que apartir da vitória desta conquista no Ceará, neste evento, centenas de outros SINTRAFs por todo o País deverão ter também a possibilidade de ter o seu reconhecimento sindical.

Foi inclusive feita uma alusão a uma fato acontecido a 127 anos passados, no ano de 1883, quando o Estado do Ceará através de evento acontecido na Vila de Acarape(hoje Redenção) foi o primeiro Estado do Brasil a libertar os escravos. E nesta data 31.03.2010, através de evento no municipio de Itarema, o Estado do Ceará é o primeiro do Brasil a libertar a organização da Agricultura Familiar através do seu reconhecimento e regitro de organização sindical.


De forma solene e carregada de forte emoção o representante do Ministro do Trabalho do Governo do Presidente Lula, Dr. André Figueredo entregou a carta de Registro Sindical(veja cópia em anexo) para os seguintes:


SINDICATOS:
SINTRAF BAIXO ACARAÚ
SINTRAF VALE DO ACARAÚ
SINTRAF MATA BRANCA
SINTRAF REGIÃO DE MARANGUAPE
SINTRAF CENTRO NORTE
SINTRAF VALE DO COREAÚ II

Fonte: SERRA VERDE FM

http://www.massape.fm.br/index.php?option=com_content&view=article&id=58%3Aprimeiro-do-brasil-ja-e-realidade-no-ceara-carta-sindical-para-sintraf&catid=35%3Adestaques&Itemid=2

domingo, 4 de abril de 2010

Companheiro Pedro Alcântara, da Fetraf Pará, é mais uma vítima da violência no campo


Nós do Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar de Curuçá-SINTRAF, manifestamos nossa solidariedade aos familiares do companheiro Pedro Alcântara coordenador da FETRAF-PARÁ, que foi brutalmente assassinado na última quarta-feira(31) no município de Redenção, quando caminha com sua esposa pela periferia da cidade. Ao mesmo tempo expressamos nossa revolta e indignação pela forma como o companheiro foi morto.
Vários companheiros que lutam contra a desigualdade social, que lutam por um País mais justo, que lutam pela tão sonha “Reforma Agrária”, vem sofrendo ameaças e atentados. E muitos tombaram por esta causa como: Irmã Doroty que foi covardemente assassinada porque lutava contra a desigualdade social em favor do mais pobre.
Perdemos mais um companheiro que era uma liderança nas lutas em favor do mais pobre do campo, principalmente dos que não tinham terra para plantar.


Quermos um basta à violência e à impunidade!

Direitos Humanos e Democracia deve ser para todos, sim!

quinta-feira, 4 de março de 2010

O Estado do Pará produzirá 260 mil toneladas de milho em 2010

O Estado do Pará tem uma área de plantação de milho de 80 mil hectares e expectativa de produção de 260 mil toneladas do grão neste ano, com isso o governo do Estado pleiteou junto ao Ministério da Agricultura a inclusão no Prêmio de Escoamento da Produção (PEP), visando garante menor preço ao produtor.

GOVERNO ANA JULIA BENEFICIARÁ 300 JOVENS ATRAVÉS DO PROGRAMA BOLSA TRABALHO NO MUNICIPIO DE CURUÇÁ

Fonte da Foto: Agência Pará de Notícias

A Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Renda-SETER em parceria com a Prefeitura Municipal de Curuçá através da Secretaria Muncipal de Assistência e Desenvolvimento Social, irão bebeficiar em 300 jovens pelo PROGRAMA BOLSA TRABALHO. Os cursos ofertados são para avicultura caipira, beneficiamento de peixes, corte e costura, empreendimento coletivo, mecânica de refeigeração, operador de micro, panificação e confeitaria e vendedor de comércio varejista. Os documentos necessários são carteira de trabalho original, cópia do RG, cópia do CPF, cópia do comprovante de escolaridade e cópia de comprovante de residência.

 Critérios para acesso ao Programa Bolsa Trabalho:

1 -Ter idade entre 18 e 29 anos – Por força de disposição legal, a idade deverá ser obedecida de forma incondicional, sob penalidade de exclusão do Programa.

2-Estar desempregado há pelo menos 06 meses – Comprovação de que o bolsista, não está em nenhuma hipótese recebendo renda (tanto no setor formal quanto informal);

3-Residir no Pará há pelo menos 03 anos – Não é permitido o acesso ao programa, por pessoas que não residam no Estado há pelo menos 03 anos, o que deverá ser comprovado, no caso da naturalidade não ser paraense, com documentação expedida pela Secretaria Municipal responsável pelo programa no município;

4-Apresentar pelo menos 05 anos de escolaridade e que tenha concluído há, no máximo, 02 anos o ensino médio e que não esteja cursando o ensino superior – Comprovação, através, de documentação de instituição de ensino reconhecida, a escolaridade exigida.

5-Pertencer, prioritariamente, a família integrante do Programa Bolsa Família.


Bolsa Trabalho - O programa que visa estabelecer um processo qualificado de transferência de renda, proporcionando oportunidades de inserção no mercado de trabalho, por meio de Qualificação Orientada, Financiamento Acompanhado e Incubação de Empreendimentos Populares. Será direcionado a indivíduos de 18 a 30 anos, pertencentes a famílias com renda entre R$ 60,00 a R$ 175,00. Cada beneficiário receberá uma bolsa de R$ 70,00 durante o período de qualificação profissional.


Informações:

Secretaria Muncipal de Assistência e Desenvolvimento Social-SEMASD


quarta-feira, 3 de março de 2010

Sinal de alerta para os manguezais no municpio de Curuçá

Estudos realizados no Museu Goeldi revelam como o crescimento urbano
desordenado contribui para a destruição dos manguezais do Pará


O desmatamento do mangue pela ocupação humana é o impacto mais expressivo em município da costa paraense. O locus do estudo desenvolvido no âmbito do Projeto Renas do Museu Paraense Emílio Goeldi é Curuçá, no nordeste do Estado. A conclusão é da bolsista de iniciação científica Gláucia Cristina Souza Ferreira, que passou um ano investigando as principais ações de degradação ambiental causadas pela ação humana na Reserva Extrativista Marinha Mãe Grande, localizada no município.

A construção de casas próximas ou em áreas protegidas de mangue e a retirada de madeira de lei para produção de carvão, além da captura de caranguejos por método predatório conhecido como tapagem e a destinação inadequada do lixo produzido pela população, são algumas das principais causas da degradação ambiental da Resex, cuja área corresponde a 37 mil hectares que abrigam manguezais.



Intitulada “Impactos antrópicos na região costeira do Pará: o caso de Mãe Grande em Curuçá (PA)”, a pesquisa foi realizada na sede do município de Curuçá e na localidade de São João do Abade, um dos principais entrepostos comerciais de pescado da região. Da investigação, resulta a identificação da área de mangue mais degradada de Curuçá: o bairro Bragantino, localizado na comunidade do Abade, cuja formação e contínua ocupação humana têm avançado sobre os manguezais da Resex.


“A moradia perto das áreas de mangue facilita o acesso ao trabalho na pesca e evita o roubo dos apetrechos das embarcações, prática que ocorre com freqüência, segundo os pescadores”, explica a jovem pesquisadora, que cursa Pedagogia na Universidade Federal do Pará (UFPA).

O crescimento desordenado do bairro Bragantino também é reflexo do intenso processo de migração com o qual a região se depara. “O município de Curuçá desperta interesse pelo seu potencial pesqueiro e isso tem ocasionado uma forte migração de pessoas para a região em busca de trabalho na pesca”, explica Gláucia.



Há ainda outro fator que desperta interesse pela região: a expectativa de geração de empregos com a implantação do Terminal Marítimo do Espadarte na foz do rio Curuçá. “Os pescadores temem pela pesca, pois o porto será construído no ponto mais fundo da foz o que, na opinião deles, pode ameaçar a produção de pescado”.



Conflitos - Resultado do crescimento urbano desordenado, o aterramento de manguezais para a construção de casas também é uma prática freqüente em outro importante centro pesqueiro do estado: o município de Vigia, localizado na zona do Salgado, nordeste paraense.



De acordo com o estudo realizado pela também bolsista de iniciação científica do Renas, Regiane Monteiro Alves, que identificou as principais situações de conflitos da pesca artesanal em Vigia, o aterramento dos manguezais para construção de residências é uma ação que gera tensões e conflitos no município. “Devido à questão de roubo e pirataria, o pescador prefere ficar próximo do local e de seus apetrechos de trabalho”, relata Regiane.

Texto: Maria Lúcia Morais, Agência Museu Goeldi.
Fotos: Acervo Renas/MPEG.






terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

ENCONTRO DE FORMAÇÃO DOS CONSELHEIROS DO CMDR DE CURUÇÁ

O Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Curuçá - CMDR atualmente presidido pelo Sr. Idilberto Nery, realizou nos dias 18 e 19 de fevereiro 2010 na Escola Olinda Veras Alves o Curso de Capacitação para os conselheiros. Na abertura do curso estiveram presentes o Secretário Executivo do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural e Solidário – Avelino Ganzer, o Secretário Municipal de Agricultura José Alberto Maciel Quadros, que representou o Prefeito Fernando Cruz, o instrutor da PROGATER - Francisco Magalhães, Presidente do CMDR – Idiberto Nery. O evento contou com a presença do Prefeito Fernando Cruz pela parte da tarde no dia 18 que falou de sua pretensão em comprar mel e outros produtos da Agricultura Familiar para a merenda escolar.




REFLEXÃO




Havia uma fazenda onde os trabalhadores viviam tristes e isolados uns dos outros.
Eles estendiam suas roupas surradas no varal e alimentavam seus magros cães com o pouco que sobrava das refeições. Todos que viviam ali trabalhavam na roça do senhor João, dono de muitas terras, que exigia trabalho duro, pagando muito pouco por isso. Um dia, chegou ali um novo empregado, cujo apelido era Zé alegria.
Era um jovem agricultor em busca de trabalho.
Foi admitido e recebeu, como todos, uma velha casa onde iria morar enquanto trabalhasse ali.
O jovem, vendo aquela casa suja e abandonada, resolveu dar-lhe vida nova.
Cuidou da limpeza e, em suas horas vagas, lixou e pintou as paredes com cores alegres e brilhantes, além de plantar flores no jardim e nos vasos.
Aquela casa limpa e arrumada destacava-se das demais e chamava a atenção de todos que por ali passavam.
Ele sempre trabalhava alegre e feliz na fazenda, por isso tinha o apelido de Zé alegria.
Os outros trabalhadores lhe perguntavam: como você consegue trabalhar feliz e sempre cantando com o pouco dinheiro que ganhamos?
O jovem olhou para os amigos e disse: bem, este trabalho hoje é tudo que eu tenho.
Ao invés de blasfemar e reclamar, prefiro agradecer por ele.
Quando aceitei trabalhar aqui, sabia das condições.
Não é justo que agora que estou aqui, fique reclamando.
Farei com capricho e amor aquilo que aceitei fazer.
Os outros, que acreditavam ser vítimas das circunstâncias, abandonados pelo destino, o olhavam admirados e comentavam entre si: como ele pode pensar assim?
O entusiasmo do rapaz, em pouco tempo, chamou a atenção do fazendeiro, que passou a observá-lo à distância.
Um dia o sr. João pensou: alguém que cuida com tanto carinho da casa que emprestei, cuidará com o mesmo capricho da minha fazenda.
Ele é o único aqui que pensa como eu. Estou velho e preciso de alguém que me ajude na administração da fazenda. Num final de tarde, foi até a casa do rapaz e, após tomar um café bem fresquinho, ofereceu ao jovem o cargo de administrador da fazenda. O rapaz aceitou prontamente. Seus amigos agricultores novamente foram lhe perguntar:
O que faz algumas pessoas serem bem sucedidas e outras não?
A resposta do jovem veio logo:
Em minhas andanças, meus amigos, eu aprendi muito e o principal é que: não somos vítimas do destino.
Existe em nós a capacidade de realizar e dar vida nova a tudo que nos cerca. E isso depende de cada um.

Pense nisso!

A Agricultura

O CHÁ MILAGROSO DA MANGABA NO CONBATE A HIPERTENÇÃO


A solução para muitas doenças muitas vezes estão nos remédios caseiros são do tempo de nossos avós que se valiam muito da sabedoria e que sempre foram criticados por médicos, mas hoje, aos poucos, a própria medicina está se curvando diante do chazinho da vovó.

Como é o caso do chá da mangaba para tratamento da hipertensão que tem um efeito comprovadamente mais eficiente do que o próprio remédio fabricado quimicamente em laboratório.



Como preparar o Chá Mangabeira:

1. Retire uns pedaços de casca do tronco da mangabeira e coloque para ferver em uma chaleira em litro de água por 8 a 10 minutos.

2. Depois retire do fogo, tampe e deixe em repouso por mais 10 minutos, e coe e beba.

3. Tome 2 xícaras a 3 ao dia.

4. Caso você não tenha uma mangabeira em casa, pode ser encontrada em casas de produtos naturais.

5. O chá é indicado também para o controle de diabetes e colesterol. E pode ser tomado também gelado.



Atenção: Você deve sempre consultar o seu médico antes de trocar o remédio da receita pelo chá.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Projetos fortalecem produção rural em Canaã dos Carajás e Curuçá

O Programa Pará Rural, vinculado à Secretaria de Estado de Projetos Estratégicos (SEPE), fortalece a produção rural em áreas de agricultura familiar com investimentos na ordem de R$944.268,75 em Projetos de Investimentos Produtivos (PIPs), na produção e comercialização da ostreicultura (ostras) e na implementação de infraestrutura e financiamento de maquinário para laticínio (produção de leite).
Serão beneficiadas 132 famílias em comunidades rurais nos municípios de Curuçá e Canaã dos Carajás, regiões de integração do Guamá e dos Carajás, localizadas em média 400 quilômetros da capital Belém.
A ação estratégica do Pará Rural, via PIPs, atende às comunidades rurais na geração de emprego e renda na região amazônica. No setor produtivo de frutos do mar na área da ostreicultura (cultura de ostras), 50 famílias de pescadores serão beneficiadas no município de Curuçá, com recursos na ordem R$373.302.50, para a Ong Associação Solidária Cabanos, que reúne pescadores e agricultores na região do litoral paraense.
Na área de laticínio (produção de leite) os beneficiados serão 82 famílias de pecuaristas no município de Canaã dos Carajás, com recursos na ordem de R$373.966,25 para investimentos na verticalização da cadeia produtiva do leite, por meio do financiamento de maquinário e implementação no setor produtivo do leite na região dos Carajás, pela Cooperativa Agropecuária de Canaã dos Carajás e Região (COOACCR).
Os projetos aprovados são frutos do acordo de empréstimo entre o Governo do Estado do Pará (GEP) e o Banco Interamericano de Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), via Programa Pará Rural
O Pará Rural é o Programa de Redução da Pobreza e Gestão dos Recursos Naturais do Pará, co-financiado pelo governo do Pará e Bird e visa o aumento da renda e melhoria das condições de vida de comunidades rurais pobres, o fortalecimento da gestão fundiária e ambiental através de investimentos na estrutura institucional responsável pela Política de Ordenamento Territorial.
O Pará Rural tem suas ações estratégicas executadas em parcerias com Instituto de Terras do Pará (ITERPA) e Secretária de Estado de Meio Ambiente (Sema), em suas áreas específicas de atuação institucional e sob a coordenação executiva da Secretaria de Estado de Projetos Estratégicos (SESPE).
Fonte: Edson Gillet – SESPE/Pará Rural

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010


Cacau

Nome Popular: CacauNome Científico: Theobroma cacao L.Família Botânica: Sterculiaceae
Características Gerais
O cacaueiro é uma planta estimulante, tropical, pertencente a família das Esterculiáceas, encontrada em seu habitat, nas Américas, tanto nas terras baixas, dentro dos bosques escuros e úmidos sob a proteção de grandes árvores, como em florestas menos exuberantes e relativamente menos úmidas, em altitudes variáveis, entre 0 e 1.000 m do nível do mar.
Do fruto do cacaueiro se extraem sementes que, após sofrerem fermentação, transformam-se em amêndoas, das quais são produzidos o cacau em pó e a manteiga de cacau. Em fase posterior do processamento, obtém-se o chocolate, produto alimentício de alto valor energético. Envolvendo as sementes, encontra-se grande volume de polpa mucilaginosa, branca e açucarada, com a qual se produzem sucos, refrescos e geleias. Da casca extrai-se a pectina, que após simples processamento mecânico, se transformam em ração animal, ou ainda, por transformações biológicas, pode ser usada como fertilizante orgânico.

Cultivares Clones

Selecionados em regiões cacaueiras do Estado de São Paulo, introduzidos de outras regiões cacaueiras, nacionais ou estrangeiras, adaptados às condições de solo e clima paulistas.
Híbridos
Provenientes de cruzamentos interclonais entre cacaueiros dos grupos Amazônico e Trinitário.
Clima e Solo

Clima
Latitude entre 22° N e 22° S. Adapta-se bem regiões com temperaturas médias superiores a 21°C. Tolera por curto espaço de tempo, temperaturas mínimas próximas a 7°C, durante os meses mais frios do ano, porém pode ocorrer injúria nas sementes, resultando em um produto final de qualidade inferior. Exige precipitações pluviométricas superiores a 1.300 mm anuais, bem distribuídos ao longo do ano, como na região litorânea e Vale do Ribeira e grande parte do planalto paulista. Regiões com deficiência hídrica superior a 100 mm anuais não são indicadas à exploração econômica da cacauicultura.

Solos

Devem ser profundos e bem drenados. Na região litorânea, os mais indicados são os latossolos vermelho-escuro, o prodizólico vermelho-amarelado e solos aluviais de boa fertilidade natural. No planalto paulista, os prodizolizados de Lins e Marília var. Marília, e os latossolos roxos.
Época de plantio
Sementes em viveiro - setembro a abril.
Mudas no campo - praticamente o ano todo, na região litorânea e vale do Ribeira. No planalto paulista, de outubro a março.

Espaçamentos

Diversos, em função da fertilidade do solo e dos objetivos da exploração econômica, podendo variar entre 1.000 a 2.000 plantas/hectare.
Controle da erosão
Plantio em nível, nas encostas.
Mudas necessárias
Entre 1.000 e 2.000, em função dos espaçamentos adotados.

Calagem

De acordo com a análise de solo, elevar o índice de saturação por bases para 50%.
Adubação de plantio
60 dias antes do plantio, incorporar por cova, 2 a 4 litros de esterco de galinha ou 10 a 20 litros de esterco de curral curtido, 1 Kg de calcário dolomítico ou magnesiano, 100 g de P2O5, 02 a 60 Kg/ha de K2O e até 4 Kg/ha de Zn. Acrescentar, em cobertura, 4 aplicações de 10 g de N/planta, de dois em dois meses.

Adubação de formação

Aplicar em cobertura ao redor das plantas, em três parcelas no período das chuvas, de acordo com a idade das plantas e a análise de P e K no solo em gramas por planta: no 1º ano,40 g de N, 20 a 60 g de P2O5 e 20 a 60 g de K2O; no 2º ano, 80 g de N, 30 a 90 g de P2O5 e 30 a 90 g de K2O; no 3º ano, 120 g de N, 40 a 120 g de P2O5 e 40 a 120 g de K2O.
Adubação de produção
Aplicar de acordo com a análise de solo, 50 Kg/ha de N, 30 a 90 Kg/ha de P2O5, 20 a 60 Kg/ha de K2O e até 4 Kg/ha de Zn, parcelados em três vezes, e aplicados em cobertura, nos meses de outubro, dezembro e março.
Outros tratos culturais
Roçadas, para manter a cultura limpa; desbrotas, para eliminar ramos ladrões; podas, para dar forma a planta e facilitar os tratos culturais e as colheitas.
Arborização

Em matas virgens, proceder ao raleamento parcial da área deixando as espécies arbóreas desejáveis para apropriar 40% de sombra à plantação. Em terrenos desbravados, arborear com as seguintes espécies de utilização temporária própria como bananeira-prata, bananeira-nanicão, Thephrosia candida DC ou Leucaena glauca Benth., em associação com as espécies permanentes, com farinha-seca (Ptecellobium edwallii), para sombreamento, e Grevillea robusta A. Cunn. ou jaqueira (Artocarpus integrifolia L. f. Moraceae) para quebra vento.
Controle de pragas e doenças

Efetuar controle sistemático às formigas quenquém e saúva, com produtos específicos. No controle a outros insetos, principalmente tripes, vaquinhas, percevejos e lagartas, empregar deltamethrin, malathion, trichlorfon ou carbaryl. Controle preventivo das doenças fúngicas: podridão-parda (Phytophthora spp.) - acefato de trifenil estanho, hidróxido de trifenil e estanho e fungicidas cúpricos; podridão-morena (Botryodiplodina theobromae) - fungicidas cúpricos; e antracnose (Colletotrichum gloeosporioides) - mancozeb e cúpricos.
Colheita

Inicia-se a partir do 2º ano. Do 2º ao 4º ano, os frutos podem ser colhidos praticamente durante o ano todo. A partir do 5º ano, as colheitas são feitas em dois períodos: safra (novembro a fevereiro) e temporão (abril a agosto).
Produtividade normal
A partir do 7º ano, 1.200 a 1.500 Kg/ha.
Fonte: www.todafruta.com.br