segunda-feira, 1 de junho de 2015

Entenda o que é o Programa Nacional de Crédito Fundiário



Saiba o que é o Programa, quais sãos seus objetivos e benefícios para o meio Rural.
Escrito por: FETRAF/BRASIL

Sobre o Programa

O Ministério do Desenvolvimento Agrário, por meio da Secretaria de Reordenamento Agrário, desenvolve o Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) que oferece condições para que os trabalhadores rurais sem terra ou com pouca terra possam comprar um imóvel rural por meio de um financiamento. O recurso ainda é usado na estruturação da infra-estrutura necessária para a produção e assistência técnica e extensão rural. Além da terra, o agricultor pode construir sua casa, preparar o solo, comprar implementos, ter acompanhamento técnico e o que mais for necessário para se desenvolver de forma independente e autônoma. 

Quem pode participar do Programa Nacional de Crédito Fundiário?
Podem participar do PNCF trabalhadores e trabalhadoras rurais, filhos de agricultores familiares ou estudante de escolas agrotécnicas.Os potenciais beneficiários devem ter renda familiar anual de até R$ 15 mil e patrimônio de até R$ 30 mil. Devem ainda comprovar mais de 5 anos de experiência rural nos últimos 15 anos
Existem outras condições para participar do PNCF?
Sim, o agricultor não pode ser funcionário público, nem ter sido assentado ou ainda ter participado de algum programa que tenha recursos do Fundo de Terras da Reforma Agrária. Quem tiver sido dono de imóvel rural maior que uma propriedade familiar, nos últimos três anos ou tenha direito de ação e herança em imóvel rural também não pode ser atendido pelo Programa.
Como é a escolha da terra?
Se você tem o perfil do Programa, o próximo passo é procurar uma propriedade cujo dono tenha interesse em vender pelo valor compatível com o de mercado. O proprietário deve apresentar o título legítimo e legal da propriedade, além de vários outros documentos que comprovem que o imóvel não tem irregularidades e que o pagamento dos impostos estão em dia.
Quais são as condições do Financiamento?
O valor máximo do empréstimo é de R$ 80 mil com juros de até 2% ao ano, sendo: 0,5% para a linha Combate a Pobreza Rural, para agricultores inscritos no CAD-Ùnico; 1,0% para linha Nossa Primeira Terra, voltada para jovens rurais entre 18 e 29 anos; 2,0%, para os demais beneficiários. O pagamento é efetuado em até 20 anos, incluídos três de carência. Os pagamentos em dia e a terra negociada abaixo do preço recebem descontos de até 50%. O programa disponibiliza ainda um recursos de R$ 7,500,00, exclusivo para a contratação de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), por cinco anos, com parcelas anuais de até R$ 1.500,00 por beneficiário.
Proposta de Financiamento
Após a escolha da terra, é hora de elaborar a proposta de financiamento com a ajuda de uma entidade de ATER credenciada. Reuna informações sobre o imóvel, os investimentos que precisam ser feitos, os produtos que pretende produzir e a gestão da produção. Procure uma UTE, STTR ou SINTRAF para obter mais informações.
Crie e Registre a Associação
Se você se enquadra nos critérios da Linha CPR, deve criar e registrar a associação, composta pelos beneficiários do Programa e por seus dependentes. O estatuto deve ser elaborado de forma que um dos objetivos da associação seja a compra de terras pelo PNCF e a definição sobre a divisão do imóvel após a conclusão dos pagamentos.
Junte a documentação
Com a proposta de financiamento, é necessário agora encaminhar à UTE todos os documentos exigidos. As despesas com cartório serão arcadas pelo Programa: É PROIBIDA QUALQUER COBRANÇA OU TAXA PARA A EXECUÇÃO DESTE SERVIÇO.
Como é a Tramitação da Proposta?
Primeiro, o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS) dá seu parecer sobre a proposta. Em seguida, vem a análise da UTE, que avalia a proposta, analisa documentos e faz a vistoria do imóvel. Então o Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável (CEDRS) analisa a proposta.
Como é a Tramitação da Proposta?
O passo final é o banco verificar a documentação da terra e das famílias. Após as análises, acontece a assinatura do contrato com o banco e o registro do Imóvel no Cartório de Registro de Imóveis. A próxima etapa é o pagamento do banco para o vendedor da terra, dos gastos com cartório e prefeitura. Já o dinheiro para os investimentos vai para uma conta bloqueada dos beneficiários

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Pauta da FETRAF/PA para a jornada de lutas está pronta.

Pauta será entregue a nova presidente do INCRA Maria Lúcia Falcón e ao Ministro do Desenvolvimento Agrário Patrus Ananias, que estarão no Pará na próxima sexta-feira (17).




FETRAF/PARÁ planejou nesta segunda (13) e terça-feira (14), a pauta para a jornada de lutas que vai acontecer em Maio. Mais de 170 lideranças da região sul e sudeste do Pará fizeram parte dessa atividade que abrange reivindicações como estruturação dos assentamentos, habitação e energia elétrica, além de outras assistências técnicas e melhorias para o meio ambiental
Essa Pauta será entregue a nova presidente do INCRA Maria Lúcia Falcón e ao Ministro do Desenvolvimento Agrário Patrus Ananias, que estarão em Eldorado do Carajás/PA na próxima sexta-feira (17).
 Noemi Gomes, coordenadora de Educação do Estado, acredita que essa é a hora dos movimentos sociais juntos avançarem em politicas públicas que estão paradas há algum tempo. “Será uma pauta conjunta com as organizações FETRAF, FETAGRI e MST. A partir de agora estamos em jornada aqui no Pará. Não podemos mais ficar calados!”
 De acordo com pesquisas realizadas pelo coordenador estadual Francisco Ferreira de Carvalho e outros coordenadores envolvidos na construção da pauta, 25 acampamentos com aproximadamente 3.000 famílias estão debaixo da lona há mais de 10 anos. “Todos aguardam um pedaço de chão e diante desse número a FETRAF entende que o Governo não percebe a reforma agrária como um grande instrumento para dar as famílias oportunidade de uma vida melhor, com acesso a políticas públicas e alimentação saudável. Se não houver esse olhar, não haverá desenvolvimento no campo”. (Citações da pauta).
 Viviane Pereira de Oliveira, coordenadora nacional de meio ambiente e coordenadora estadual das mulheres, explica como foi realizada a divisão da pauta. “Foi dividida em dois momentos importantes de discussão; Desapropriação e regularização das 65 áreas que temos na jurisdição da SR-27/INCRA e a Estruturação dos Assentamentos, pois 70% deles estão abandonados por falta de estradas. Precisamos de créditos que possam desenvolver o mercado”. Concluiu Viviane.
 Fonte: FETRAF/BRASIL